Multiplicidades

 




Quando perdemos nossa individualidade, as emoções se fragmentam e o Ego começa a criar várias formas e personas que se manifestam conforme a conveniência. Nenhuma dessas personalidades realmente representa quem somos, mas sim usa disfarces para ser aceito com base na moral.

Será possível ser feliz sem ser autêntico? Existe alegria além da verdade? Não, não existe. A verdade é a única integridade.

A tendência natural é que ao longo da vida, cada indivíduo se torne múltiplo, adotando diferentes formas, comportamentos, pensamentos que muitas vezes não refletem a verdadeira essência da pessoa. O problema surge quando esses comportamentos entram em conflito com o "ser real", levando a dúvidas sobre a própria identidade e a máscara adotada na vida.

Recentemente, ouvi o relato de alguém que após passar por uma experiência desagradável, se sentiu desconectado de si mesmo, questionando sua própria identidade.

Seja por um comportamento estranho, uma reação inesperada, um impulso desconhecido, a imitação de um modelo admirado, ou a necessidade de se assemelhar a alguém por interesses, quem se afasta da verdadeira essência e adota a máscara da persona se distancia cada vez mais de sua própria alma.

Quem sou eu verdadeiramente? Qual é a essência da minha alma? Encontrar essas respostas é encontrar a verdade.

Existe uma busca interna que nos impulsiona a descobrir a verdade de nossa humanidade e interioridade pessoal. Optar pela integridade em vez da multiplicidade nos permite viver de forma mais plena, caminhando em direção à luz da verdade, embora isso demande esforço até se tornar um modo de vida.



Ana D´Araújo

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